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domingo, 24 de julho de 2011

Juste ventilation.


Blog, meu amado Blog.
Faz mais de um ano que eu o fiz, e já escrevi sobre tantas coisas aqui. Houve algumas que eu não tive coragem de publicar. Fui uma boba, eu sei. Afinal, aqui é o meu espaço. Posto o que quiser aqui e ninguém tem nada a ver com isso.
Minha vida mudou tanto, Blog.
Sério. Eu não sei se há mais algum sentido nessa minha vida. Sei que estou completamente errada por falar isso. E eu gosto de falar aqui porque sei que você, ao contrário do resto do mundo, não vai me contestar. Você só vai me ouvir, não é, Blog? Você só vai me ouvir.
Essa noite eu sonhei que estava no Marista. E eu, no sonho, sabia que ele havia fechado e que eu estava lá por algum motivo que eu não lembro qual é. Eu estava junto dos meus amigos. Estávamos nos divertindo tanto, sorrindo tanto... E, de repente, eu fiquei triste. Porque sabia que dali a alguns minutos eu estaria indo para casa, e aquela seria a última vez que estaria lá.
Sabe, sinto tanta falta daquele colégio. Tanta. E dói muito, muito. Ha, isso me fez lembrar uma aula que tive no cursinho de Português que fiz com Will ano passado. Ele falou que essas supostas "dores" eram psicológicas, que não eram de verdade. Eu falei que não, que realmente sentia isso. Ele riu. Mas voltando ao assunto, dói demais. A saudade dói muito. Aliás, não a saudade. A ausência.
Sinto fala de chegar ao colégio e ver todos os meus amigos juntos, sorrindo, brincando. Sinto falta de passarmos o intervalo procurando onde sentar, porque vivíamos reclamado que o colégio era pequeno, que não tinha lugares, que era uma prisão. Sinto falta das aulas espontâneas, dos professores, do banheiro fedorento, da Tia-do-bigode, de Abel... de tudo!
Por que, Deus? Por que teve de fechar? Isso acabou com os sonhos de tantas pessoas... Inclusive com os meus.
Aliás, será que ainda tenho sonhos? Eu sonhava com o amor, sonhava muito. Achava o amor a coisa mais fofa desse mundo, queria encontrar alguém, queria ter momentos lindos e... e o que? Esses meus "sonhos" foram destruídos na única vez que, sei lá, "amei" alguém. Só. Não sonho mais com isso, porque eu tenho medo. Medo de criar esperanças e, puft, perceber que estou enganada. E não, não é fácil perceber isso. É como se você estivesse andando (com suas pegadas, seus rastros ficando bem atrás), e, de repente, você olha para trás e percebe que não há mais nada, que tudo foi apagado. Dói. Talvez eu esteja errada. Tem uma frase que eu não lembro muito bem como realmente é, mas algo como: "Não culpe todas as rosas porque um espinho te furou." Porém, o medo não me deixa tentar. Ele me prende e eu o parabenizo por isso. Não é qualquer um que consegue vencer a mim quando estou determinada a lutar por algo. Mas Deus é mais forte que qualquer coisa nesse mundo, por isso que, todas as noites, em todas as minhas orações, eu faço sempre o mesmo pedido.
Enfim... já não tenho mais nada a dizer. As palavras sempre me fogem quando mais preciso delas. Contudo, estou orgulhosa por ter escrito todas estas coisas. Talvez eu volte a escrever como antes, talvez...
Mais uma vez, obrigada por meu ouvir, Blog. Você é o único para quem desabafo tudo isso. I love you.

"Voy caminando en tormentas electricas, buscando algún territorio neutral."

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