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sábado, 18 de maio de 2013

Confusões em meio a um turbilhão de coisas

Olá, Blog.
Tão triste a sensação de que estou abandonando você. Não, não estou! É a falta de tempo. Não tenho tempo para mais nada. O vestibular, o maldito e temido vestibular, me tira tudo aos pouquinhos, até mesmo a minha saúde, acredita? Essa semana fui parar no hospital devido a uns problemas estomacais. Adivinha por quê?! Ansiedade, estresse, nervosismo... É, não está fácil pra ninguém.
Bem, queria te contar como está a minha vida. Não faço nada que seja tão interessante. Primeiramente, acordo, vou ao colégio, volto pra casa e todo aquele blablablá de estudar. Isso. Todos os dias. Sem ninguém com quem conversar direito, sem nada. Ainda mando mensagens para Yasmin para tentar preencher o vazio com alguma coisa que me agrade, que, no caso, é conversar com ela, mas nada me satisfaz. Na verdade, sinto como se eu estivesse tentando me encaixar em algo do qual não faço parte. Mesmo que seja minha amiga, ela tem a vida dela. Sei que isso deve estar parecendo, sei lá, "lésbico" da minha parte. Deixa-me explicar melhor: eu me sinto muito sozinha, muito mesmo, tento contatar meus amigos para suprir o vazio que sinto. Porém eles têm a vida deles e, por mais que gostem de mim e queiram o meu bem, jamais serão eles que poderão preencher esse vazio. E, de tão desligada, só vim perceber isso hoje. 
Mas o que, exatamente, tenho que fazer para ajudar a mim mesma? Mudando um pouco de foco, passei o mouse por esse texto abaixo. Lembro-me bem do dia em que o escrevi, da dor que estava sentindo. Ali foi o fim. O fim. O fim. Fim. Tento repetir muitas vezes para ter certeza do que estou dizendo. Desde esse dia, o vazio se instala. Se vocês querem saber, chorei ontem. Motivo? Não sei exatamente. Ouvi Janta - Marcelo Camelo. A música que lembra tanto a nossa, minha, sei lá história. Bateu uma saudade, depois tristeza e depois, novamente, vazio. Cheguei à conclusão de que não sei mais se isso é amor. Sei que ainda estou muito presa ao "meu passado", mas não sei se o amo. Não sei se é um sentimento de perda, de sofrimento, realmente ainda tenho muitas dúvidas. Não se preocupem! Deixarei-as adormecidas, até que um dia a vida me dê respostas concretas. Se não o for, deixarei como está. O que me incomoda é que as coisas permanecem estáticas. Sei, sei muito bem que estou em ano de vestibular, um ano decisivo em minha vida, e que, por isso, Deus não está proporcionando muitas mudanças em minha vida. Sei disso muito bem! No entanto, é ruim tudo isso, sabe? Espero que vocês nunca tenham sentido algo assim. Uma sensação de não pertencer a lugar nenhum, ou a ninguém... Uma solidão incomparável. É algo destrutível!
Bem, não tenho mais o que falar. Disse aqui, hoje, algumas das coisas que estão me incomodando. Foi bom desabafar, Blog. Perdão por não ter escrito somente para ti, e ter usado o "você" em diversas partes do texto, mas é que, mesmo não escrevendo para ninguém especificamente (não me refiro a ti!), sinto como se fossem ler isto aqui. É, também não consigo me entender...
Por fim, obrigada por tudo! Você é, com certeza, o melhor confidente que alguém poderia ter! Eu te amo, muito mesmo. Até outro dia, querido!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Dizem quem escrever é algo libertador, que ao escrevermos, eliminamos toda a dor que nosso corpo possui. Nosso corpo, nossa alma, que seja. Vou tentar, juro que vou tentar colocar tudo aqui. Eu simplesmente quero tirar isso. De verdade.
Sei que se alguém ler isso aqui vai, no mínimo sentir pena de mim. Não quero isso. Portanto, se você estiver começando a ler, pare. Será sobre dor, só haverá tristezas e um final horrível. Pare por aqui, leia os próximos posts (que também falam de dor, mas não como este) ou simplesmente saia deste Blog. Por favor.
Ontem foi um dos piores dias da minha vida. Eu percebi que desde o dia dois de dezembro de dois mil e novo eu venho vivendo uma mentira. Olho para os lados, para o céu e pergunto a Deus por que ele teve que entrar na minha vida. E o pior: por que eu não o esqueci enquanto ainda dava? Por que eu tive que sentir essas coisas? 
Sabe, muitas pessoas falam que amam. Pergunto-me se elas já sentiram as coisas que senti. Não estou falando de coração acelerando, pernas tremendo... Não é isso. É que, mesmo com as decepções que eu sofria, algo em mim era esperançoso. Dentro de mim, havia uma chama de esperança. Mesmo sem querer sentir nada, acreditar em nada, ainda havia esperanças dentro do meu coração. A esperança de que ele gostasse de mim de verdade, de que ele mudasse. Mesmo passando meses sem estar com ele, eu pensava nele praticamente em todos os segundos da minha vida. Não houve um dia em que eu não me lembrasse dele. Um único dia. Quando eu via filmes, ficava imaginando-o ali perto de mim. Quando a vida me pesava, também pensava em seu sorriso, e como seria bom se ele estivesse ali para me abraçar e me dizer que vai ficar tudo bem. Quando eu ria, eu lembrava como seria se ele soubesse daquilo que me provocou as risadas... se ele acharia engraçado também. Em tudo, tudo o que eu fazia, sua imagem vinha à minha mente. 
No dia dois de setembro de dois mil e onze, eu pensei que tudo estava acabado. Foi isso que eu tentei dizer para mim mesma por um longo tempo. E como eu tentei. Todos os dias. Quando o via, abaixava a minha cabeça. Como doía! Mas era preciso. Eu tinha que "fechar o baú". Eu acreditava numa história em que ninguém mais, ninguém mais acreditava. Para quê? Para nada. Nada.
Eu passei três anos vivendo algo que só existiu na minha cabeça. Acho que essa é a maior decepção que eu estou sofrendo. Além de ter acreditado em mentiras, eu criei, não sei como, uma falsa esperança, mesmo sem querer. Eu vivi algo que não existiu.
Se vocês me perguntarem se agora isso acabou de uma vez, eu não sei o que responderei. Não que eu ainda tenha esperanças, mas porque eu não sei como me sinto. Tudo o que há aqui dentro é dor. A dor da mentira. De ser estúpida, burra, idiota. Por quê, meu Deus? Eu pedi tanto, tanto, tanto. Por que teve de ser assim? Por que o Senhor esperou tanto tempo para me mostrar isso? 
Sabe o que eu farei daqui para frente? Fingirei que ele está morto. Isso mesmo. Não desejo a morte dele, claro. Na verdade, não sei nem o que desejo para ele. Porém, ontem para mim é dia primeiro de dezembro de dois mil e nove. Eu vou apagar de mim cada momento, cada lembrança e tudo o que houver relacionado a ele. Tudo.
Não sei se um dia poderei acreditar em alguém de novo. Só quero me libertar disso. 

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Confissões de uma problemática

Oi. Aqui estou eu, mais uma vez com palavras soltas e perdidas dentro de mim, tentando encontrar uma forma de colocá-las para fora. 
Na verdade, não sei mais como escrever um texto. Parece que, assim como a minha vida, isso anda perdendo todo o sentido. Eu sei que, se alguém ainda lê esse Blog, deve pensar que eu sou uma depressiva ou que eu não tenho Deus em minha vida e por isso ajo dessa maneira. Não é verdade.
Ao contrário, é por causa de Deus que eu ainda não caí. É Ele quem me sustenta. Sinto como se por cada problema que eu passo, Eles estivesse ali me amparando. Ano passado, em setembro, eu me senti exatamente assim. Quando ia dormir, sentia aquele vazio, pensava na falta que me fazia ler aquelas mensagens antes de dormir, e então eu pensava "Deus está aqui comigo, bem ao meu lado, sabe o que eu estou passando e não vai deixar essa dor durar muito mais tempo, pois acabou". Pensei assim por vários dias. Realmente, eu acreditava que tudo havia acabado ali. Quando, na casa de Manoela, eu havia lido todas aquelas coisas horríveis. Senti como se tivessem partido o meu coração. Tanto, que chorei até na frente de todos (ela e o amigo dela, no caso). Foi horrível. No domingo, um dia após esse fato, foi horrível também. Na segunda, também. E nos outros dias eu criei uma força sem tamanho, para parar de olhar tudo e para ter estômago para ver aquilo. É, eu fui mesmo forte.
Mas eu estava enganada. Não acabou ali. Porque no fim de janeiro tudo voltou. Na verdade, não tinha ido embora, no entanto eu estava acostumada e já não doía tanto. Mesmo que eu estivesse sentindo uma esperança sem sentido dentro de mim. É isso que me causa dúvidas. Às vezes penso que Deus sabe de tudo e controla tudo. Por que eu sinto isso? Por que eu sinto que Deus reconhece esse sentimento e sabe o que fazer em relação a ele? E por que isso não acaba de uma vez por todas? 
Fora esse sentimento, eu às vezes sinto que não me encaixo em mais nada. É como se as pessoas pudessem ter os seus problemas, resolvê-los e seguir em frente. Daí eu penso: "será que não sou eu que estou impedindo o meu final feliz?" ou "será que o meu destino é mesmo 'sofrer'?" Realmente não tenho respostas para isso. 
Só sei que não consigo mais fazer parte das minhas amigas. Isso mesmo. Antes, estar com elas era como uma cura para mim. Eu me sentia melhor com elas, sabe? Mas agora nem isso. Nem mesmo estar com elas me faz tão bem assim, talvez porque elas também não vejam mais esse meu problema. Digo, elas não conseguem entendê-lo. Não as culpo. Que tipo de pessoa passa 3 anos desse jeito? Sem fazer nada para mudar? Eu juro que não sei como fazê-lo, juro. Eu não posso simplesmente sair por aí e me forçar a gostar de alguém por quem eu não sinto nada. Eu sei, eu sei, EU SEI que sentimento não vêm assim, que vêm com o tempo. É por isso que eu peço a Deus, a cada segundo da minha vida, para me mostrar alguém ou apenas me mostrar que eu não estou querendo enxergar alguém. Para fazer qualquer coisa para mudar o que eu sinto. Para me mostrar o fim disso, pois eu não aguento mais isso. Eu nem digo que não aguento mais tanta dor, apenas não aguento mais essa confusão dentro de mim, esse vazio, esse "não-encaixamento" nas coisas.  Eu só quero me libertar e ser feliz, não importa como.
É isso. 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Um dia normal, como todos os outros

A vida começa quando nascemos. Quando nascemos?
Acho que isso é o que nos dizem. Quando nós abrimos os olhos pela primeira vez... Ou quando andamos, ou quando falamos, ou quando vamos à escola, ou quando conhecemos várias pessoas, ou quando nos decepcionamos com elas, ou quando nós amamos... 
Então quer dizer que morremos quando o amor acaba? Ou morremos antes de ele acabar? Ou ele morre conosco?
Então o que eu sou agora?
Faz tempo que não escrevo neste Blog. Palavras não me faltam... ou até faltem. Acho que o nome correto é vontade. Hoje é um dia normal como todos os outros. Acordei, fui à escola, voltei, dormi, estudei... Todos os dias são exatamente assim. Mas entre todas essas coisas, algo incomoda dentro de mim. Pensamentos, pensamentos, pensamentos... Sempre remetendo às mesmas coisas, à mesma pessoa.
A pessoa de sempre. A pessoa que eu nunca gostaria ter conhecido. A pessoa da qual eu tento sentir um ódio imenso (e até sinto às vezes). Às vezes eu me pergunto se ainda sinto algo real. Depois de tantos machucados e mágoas, como pode haver sentimento? Essa é a pergunta que todos se fazem (ou me fazem) e à qual eu não consigo responder, porque nem eu mesma sei.
Não há como saber. Por mais que eu pergunte a Deus, eu nunca recebo respostas. Realmente não sei quais são Seus planos e o porquê deles. Só queria saber se um dia vai acabar e como vai ser. Será que eu vou simplesmente me levantar da cama e dizer "eu não sinto mais nada, ufa!" ou que eu só vou perceber com o tempo? Será que eu só vou perceber quando estiver gostando de outro alguém? Será que esse alguém vai apareces mesmo? Aliás, a única da qual eu queria obter respostas mesmo é: "por quê?" Se tinha que acabar assim, por que chegar a isso tudo? Só para eu me tornar quem eu sou hoje?
Se um dia eu puder ter a chance de congelar a pessoa por algum momento, apenas para terminar de verdade, eu o faria. Mas talvez tinha que terminar desse jeito. Eu só preciso aceitar.
Eu só preciso aceitar.
Eu só preciso aceitar.
Enfim, não tenho mais o que dizer. Adeus.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Despedida

"E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval — uma pessoa se perda da outra, procura-a por um instante e depois adere a qualquer cordão. É melhor para os amantes pensar que a última vez que se encontraram se amaram muito — depois apenas aconteceu que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a vida é que os despediu, cada um para seu lado — sem glória nem humilhação (...)"

Rubem Braga

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Os dias ruins, todo mundo tem

Hoje eu acordei com palavras presas dentro de mim. Hoje. Ontem. Sempre.
Acho que deveria comprar um diário, mas tenho uma preguiça imensa de ficar escrevendo. Prefiro digitar. É mais rápido e poupa mais tempo. 
Mas enfim. Eu não sei se digo que minha vida está mudando demais ou se digo que ela permanece a mesma de sempre. 
Sei de uma coisa: tudo era melhor antes.
Fora com Deus, eu não tenho mais com quem conversar. Não há exatamente ninguém que possa compreender o que se passa dentro de mim. Às vezes nem eu mesma consigo.
Hoje eu menti bem feio. Sim, eu menti. Mas fiz isso para me proteger. De perguntas, de olhares, de sentimentos. Não aguento mais as pessoas à minha volta. É como se, do nada, todas elas se interessassem pela minha vida, se importassem comigo. EU sei que elas não se importam. Então eu minto. E vou mentir sempre. Para todas, até mesmo as minhas melhores amigas. Até para mim mesma.
Eu sei que Deus, em algum lugar, está vendo tudo isso. Ele vê, Ele percebe tudo o que se passa comigo. Sinto muito por ter tantas confusões em minha mente. Queria tanto saber algumas respostas... Mas parece que mais perguntas surgem. Até quando?
Não sei, mais uma vez, como terminar esse texto.
Fim.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

"Como tantas vezes acontece com os seres humanos, ao ler a seu respeito nas palavras da menina que roubava livros, senti pena deles, embora não tanta quanto senti dos que recolhi em vários campos nessa época. Os alemães nos porões eram dignos de pena, sem dúvida, mas ao menos tinham uma chance. Aquele porão não era um banheiro. Eles não tinham sido mandados para lá para tomar banho. Para essas pessoas, a vida ainda era alcançável."