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domingo, 5 de setembro de 2010

E a chuva estava chegando novamente...


E lá estava eu, deitada sobre meus ursos com o pensamento longe. Não tão longe assim, até porque nos últimos dias meus pensamentos só pertenciam a uma única pessoa. Já tava me aborrecendo essa idéia dele não sair dali. Como uma pessoa pode causar um efeito desses em outra? Não sabia explicar. Não agüentava mais aqueles pensamentos insistentes, mas ao mesmo tempo queria mais, precisava de mais, lutava por mais e mais. Queria tê-lo por perto, abraçá-lo contra mim, sentir seu perfume encher meus pulmões com aquele aroma que só ele tinha, sentir sua respiração perto da minha e seus lábios doces e macios se movimentando lentamente com os meus... e no entanto tudo o que eu tinha eram lembranças. Lembranças de tempos que não voltam mais. Ah se eu pudesse voltar no tempo, ou me tele-transportar só para senti-lo perto de mim uma vez mais, uma única vez mais. Mas o tempo não é justo com ninguém. E ele sempre fez questão de ser uma “madrasta” das piores comigo. E enquanto estava emanada em meus pensamentos, ouvia a chuva lá fora, tão lenta, tão silenciosa. Mas devo admitir que sou uma amante da chuva. Caminhei até a janela do meu quarto e fiquei ali pelo que me pareceu horas, apenas observando as pequenas gotas de água, tão silenciosas, que deslizavam pelo vidro até se perderem no chão. E em cada gota, uma ponta de esperança de tê-lo comigo. Uma vez mais que seja. Uma vez mais...


Tamires F.

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