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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Aquele amor.


Estávamos sentados em cima daquele telhado. A luz da lua iluminava o nosso rosto. A brisa do vento soprava os meus cabelos. E ali, olhando para ele, eu tive a certeza de que o amava. Um amor que me fazia bem e mal ao mesmo tempo, pois eu nunca consegui obter a coragem para olhar em seus olhos e dizer-lhe o quanto eu o amava. Não, não. Era melhor que esse amor nunca fosse revelado. Ele não poderia fazer nada, afinal, ele só gostava de mim como uma simples melhor amiga. Enquanto eu pensava nele todos os segundos da minha vida. Enquanto ao ver o seu sorriso, seu lindo sorriso, as minhas pernas estremeciam e meu coração quase saltava. E quando ele me abraçava, eu me sentia uma garotinha nos seus braços. Eu podia sentir o seu cheiro, que me fazia perder o ar. Não sei como podia amá-lo tanto assim.
Naquele momento, falávamos sobre como a natureza era interessante. Sim, estávamos falando sobre a natureza quando podíamos estar desfrutando daquilo de uma outra forma, como por exemplo, nos beijando. Em um certo momento ele parou de falar. Eu achei estranho, mas resolvi ficar calada. Então ele olhou aquele céu que estava acima de nós dois. Acima da enorme árvore que estava bem a nossa frente. Acima de todas aquelas casas. Aquele céu que estava tão estrelado, e as estrelas tinham uma luz tão perfeita. Aquela noite estava realmente maravilhosa. Ele permaneceu olhando o céu. Eu resolvi perguntar por que ele estava tão calado. Ele olhou para mim. Fiquei um pouco sem graça, ele nunca havia me olhado assim antes. Seus olhos estavam bem fixos nos meus. Ele se aproximou. Meu coração começou a disparar. Minhas mãos já estavam geladas. Era incrível como ele me fazia sentir assim com uma coisa tão simples. E ele começou a falar. A cada palavra dita, eu ficava mais... não sei explicar. Não dá para explicar. Ele disse que me amava, que sempre me amou. Mas que nunca teve coragem suficiente para me falar isso. Disse que, se eu quisesse, nós podíamos ficar juntos e... E eu não conseguia abrir a boca. Ele percebeu meu silêncio e deu um sorriso. Não entendi por que ele sorriu. Tentei dizer alguma coisa. E, como sou uma pessoa normal, só consegui gaguejar algumas palavras. Ele sorriu novamente. Mas desta vez estava com um brilho nos olhos, que refletiam com a luz da lua. Ele me beijou. Não vou descrever o beijo, pois simplesmente não dá.
Eu nunca poderia imaginar que isso aconteceria um dia, mas aconteceu. Ele me amava! Não dá para acreditar, mas ele me amava. E ficamos ali o resto da noite, admirando a beleza daquele céu, daquelas estrelas e... daquele amor.


Thaianny Melo

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