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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Pobre Lua.


Por que tão sozinha?
Branca e luminosa, mágica e bela.
Por que tão sozinha?
Diamante da escuridão, valente como nenhuma, no meio de tudo, brilhando entre o nada, iluminas com tua luz, hipnotizas com tua beleza;
és mística como a noite, e sem ti não existe noite; és tão pequena e significas tanto e tu tão sozinha, rodeada de estrelas que não te dizem nada, pobre Lua, que pensarás nas noites.
Choras por aquele astro que em um mau dia te abandonou, e percorres o mundo, a noite inteira, e não conseguem coincidir,
Quando é de dia ele não te vê, e quando começa a escurecer, quando finalmente vais encontrá-lo, chegas tu e ele já se foi.
Assim é o destino... doce e cruel.
Pobre Lua, aquele senhor que nos cobre todo dia não chegou a conhecer tua mística beleza, tua magia encantadora, teu mistério que hipnotiza; está ocupado com outras coisas enquanto tu o observas dia e noite.
Mas não chores mais, Lua minha, tomara que minhas palavras consigam ser ouvidas em tua crosta branca, porque eu sei que vai chegar o dia em que o Sol finalmente vai te ver e vai se paralisar perante tua beleza e tua integridade, e a noite vai se prolongar porque o Sol está ocupado vendo sua incondicional apaixonada, que sempre esteve sozinha iluminando o mundo.
E é de se admirar que com tanta dor sua luz não tenha deixado de brilhar em nenhum momento, e com cada lágrima que derrama se faz mais bonita a cada dia.

Dulce María

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