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sábado, 26 de maio de 2012


Queria conseguir entender o que está acontecendo comigo.
Eu me sinto diferente do resto do mundo. As pessoas que conheço amam e desamam facilmente. Elas têm problemas, e às vezes até os criam, mas depois de algum tempo, libertam-se deles... Ou será que elas fingem também? Aí eu nunca irei saber... Voltando ao que eu estava falando, elas conseguem (quando não é fingimento) ser felizes. 
Eu era tão diferente... Hoje eu não faço questão de nada nessa vida. Não queria dizer isso, mas não faço nem questão de ter amigos. Eu amo muito as minhas melhores amigas, muito, faço questão da presença delas em minha vida. O que eu digo é que eu não gosto de conhecer pessoas novas, porque o que eu desejo é afastá-las de mim. Sei que ao ler isso você vai pensar que eu sou louca. Mas, acredite, eu nunca quis ser assim.
Essas mudanças aconteceram com o tempo, sem eu nem perceber.
Eu já desejei sofrer alguma acidente e perder a memória em consequência. Eu sei que é algo absurdo, mas eu já o quis. Essa dor é muito forte. Tem horas que eu simplesmente não aguento. Sinto-me sufocada por ela às vezes. Minhas soluções? Rezar, dormir, rezar, estudar... Só isso. Não tenho mais nada a fazer.
Queria tanto esquecer, superar e nunca mais, nunca mais ousar me lembrar disso. 
O pior de tudo é sentir a presença, é lembrar ao ver qualquer coisa, é sonhar, é a vontade, enorme, de estar perto. Por quê, Deus? Tento aceitar Teus planos, juro. Mas não é fácil. A dor é grande demais... Minha cabeça está confusa.
Procuro palavras para terminar este texto. Este e os meus outros. Nunca as encontro... Na verdade, porque algo só termina com um fim (obviamente), só que eu não sei quando e qual o fim disso. Porque é sempre a mesma coisa:  a espera árdua de que algo mude. Só isso. São exatamente 16 horas e 16 minutos e eu, mais uma vez, lembro-me... 
Adeus.

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